Mamã poderia ter
tudo para se assumir como um dos grandes filmes de terror dos últimos tempos,
não fosse ter por voltas do meio do filme embarcado num enfabulado caminho sem
retorno ao jeito do mais puro fauno do seu produtor del Toro. Mas o problema é
que o pressuposto deste filme não é o d’O Labirinto do Fauno, esse sim um filme
que cumpre aquilo a que se propõe. Se a principio estamos perante uma história
com um ambicioso potencial de terror assente na perturbação psíquica de quem
sofre anos de isolamento do mundo exterior, a partir do momento em que essa
atormentada experiência toma a forma de uma misticidade básica sem limbo e sem
susto ou profundidade, então aqui termina o tal pretenso filme de horror e
começa mais uma daquelas fitas em que o único impacto a que se permite é o de
embalar as mais radicais crianças. Esta espécie de disney negra não serve os amantes
do terror, aqueles exigentes e que anseiam por coisas novas e que não se deixam
levar por finais que puxam ao mais linear dos sentimentos mesmo que esse fim não
seja marcado pela felicidade.
Nem mais, plenamente de acordo. Se, por um lado, começamos bem naquele suspense e desconhecimento potentes, por outro, depressa nos embrenhamos por mais um filme de vilão (ou fantasma) materializável em demasia.
Nem mais, plenamente de acordo. Se, por um lado, começamos bem naquele suspense e desconhecimento potentes, por outro, depressa nos embrenhamos por mais um filme de vilão (ou fantasma) materializável em demasia.
ResponderEliminarCumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo